domingo, 4 de julho de 2010

Os produtos Eletrônicos contém Metais Caros e Preciosos

Além do ouro, da prata e do paládio, os computadores contêm cobre, estanho, gálio, índio e mais um família inteira de metais únicos e indispensáveis e, portanto, de altíssimo valor.

O índio, um subproduto da mineração do zinco, por exemplo, é essencial na fabricação dos monitores de tela plana, ou LCD, e de telefones celulares. Ele está presente em mais de 1 bilhão de equipamentos fabricados todos os anos.

Nos últimos cinco anos, o preço do índio aumentou seis vezes, tornando-o hoje mais caro do que a prata. E como sua produção depende da mineração do zinco, não é possível simplesmente produzir mais, porque não há produção suficiente de zinco. Além do que as reservas minerais são limitadas.

Graças a isso, alguns esforços de reciclagem do índio já estão sendo feitos na Bélgica, no Japão e nos Estados Unidos, com excelentes resultados. O Japão já consegue retirar metade de suas necessidades anuais do elemento a partir da reciclagem.

E o índio não é o único exemplo. O preço de mercado de outros metais necessários à indústria eletrônica, mesmo que em pequenas quantidades, também disparou. Embora o preço do bismuto, utilizado em soldas sem chumbo, tenha apenas dobrado nos últimos dois anos, o preço do rutênio, utilizado em resistores e em discos rígidos, foi multiplicado por sete.

O Projeto StEP

Para ajudar a organizar esforços mundiais no sentido de se viabilizar a reciclagem de produtos eletrônicos em larga escala e em nível mundial, as Nações Unidas lançaram o programa StEP ("Solving the E-Waste Problem") - resolvendo o problema do e-lixo (lixo eletrônico).

O projeto StEP já conta com o apoio das maiores empresas fabricantes de equipamentos de informática e telecomunicações do mundo. Esse esforço conjunto almeja criar padrões mundiais de processos de reciclagem de sucata eletrônica, aumentar a vida útil dos produtos eletrônicos e desenvolver mercados para sua reutilização.

As Nações Unidos pretendem ainda dar aos países elementos que permitam a harmonização das legislações nacionais quanto ao tratamento das sucatas eletrônicas e a coordenação de esforços públicos e privados no sentido de re-transformar o lixo eletrônico em riqueza.

Conheça o Lixo Eletrônico!


O ritmo acelerado dos avanços tecnológicos no campo dos dispositivos eletroeletrônicos tornam os equipamentos, em pouco tempo, ultrapassados e ineficientes frente as exigências de seus usuários, que optam por trocá-los por modelos mais novos. Esta situação pode ser observada tanto em residências, quanto em escritórios, escolas e empresas, e inclui os mais variados equipamentos, tais como: computadores, equipamentos de telecomunicação, diversos equipamentos eletroeletrônicos, eletrodomésticos, celulares, entre outros.
Os equipamentos rejeitados são, na maioria dos casos, reduzidos à condição de lixo (lixo eletrônico, "e-waste" ou "e-lixo") e têm como destino o lixo comum, chegando aos aterros sanitários ou lixões. Aproximadamente 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico são gerados todo ano no mundo, representando 5% de todo o lixo gerado pela humanidade.

O Mal que o Lixo Eletrônico pode causar a Vida


As conseqüências para os seres humanos, animais e ambiente são graves, pois os lixos eletrônicos possuem diversas substâncias e elementos químicos extremamente nocivos à saúde, principalmente os metais pesados. As pessoas podem se contaminar pelo contato direto, no caso de manipulação direta de placas eletrônicas e outros componentes perigosos dos eletroeletrônicos nos lixões a céu aberto, comuns em certos locais da Ásia e África. A contaminação pode também ocorrer indiretamente ou de forma acidental, pois quando um eletrônico é jogado em lixo comum e vai para um aterro sanitário, há grande possibilidade de que os componentes tóxicos contaminem o solo chegando até o lençol freático, afetando também a água. Se essa água for usada para irrigação ou para dessedentar o gado, os elementos chegarão ao homem através da alimentação. Medidas estão sendo tomadas e os fabricantes, cada vez mais, estão sendo pressionados a eliminar ou diminuir a quantidade de componentes tóxicos na fabricação dos produtos, entretanto, a produção de equipamentos inofensivos ao meio ambiente ou facilmente recicláveis ainda é uma utopia. Além disso, os equipamentos obsoletos continuam chegando, em ritmo acelerado e sem controle, aos lixões.

Os danos causados pelos componentes tóxicos são diversos. A seguir são citados os principais efeitos nocivos ao organismo causados por alguns dos elementos e substâncias, bem como seus usos mais comuns:

Arsênico: Causa doenças de pele, prejudica o sistema nervoso e pode causar câncer no pulmão.
Onde é usado: Celular.

Berílio: Causa câncer no pulmão.
Onde é usado: Computador, celular.

Cádmio: Causa envenenamento, danos aos ossos, rins e pulmões.
Onde é usado: Computador, monitores de tubo antigos, baterias de laptops.

Chumbo: Causa danos ao sistema nervoso e sanguíneo.
Onde é usado: Computador, celular, televisão.
Mercúrio: Causa danos cerebrais e ao fígado.
Onde é usado: Computador, monitor e TV de tela plana.

Retardantes de chamas (BRT):
Causam desordens hormonais, nervosas e reprodutivas.
Onde é usado: Diversos componentes eletrônicos, para prevenir incêndios.

PVC: Se queimado e inalado, pode causar problemas respiratórios.
Onde é usado: Em fios, como isolante elétrico.

Destino Certo para o Lixo Eletrônico


Nem todo mundo sabe que lixo eletrônico não deve ser jogado junto com o lixo comum, cujo destino são os lixões e aterros sanitários, porque, em geral, contém metais pesados e elementos químicos altamente nocivos à saúde, contaminando o solo, inclusive, podendo chegar ao lençol freático.


Para os que sabem disso, fica o impasse... Qual o destino correto para o lixo eletrônico?


Abaixo, segue uma pequena lista de empresas, fornecida pelo Globo Online, que recebem e tratam adequadamente esse tipo de material. Mas fica a sugestão de se buscar informação junto à prefeitura municipal de sua cidade, e pedir para divulgar ou até fazer multirão, de tempos em tempos, para que a população em geral e as empresas possam descartar esse material, de forma segura.


Canon


Mantém um programa de reaproveitamento de impressoras e de reciclagem de resíduos sólidos. Coleta equipamentos pelas redes de assistência técnica. Site: http://www.canon.com.br


Centro de Recondicionamento e Reciclagem de Computadores do Distrito Federal (CRC/DF)


Mantido do Distrito Federal pela Fundação Banco do Brasil (FBB), em parceria com a Associação de Apoio a Família, ao Grupo e a Comunidade (Afago), a Cobra Tecnologia e a Ong Programando o Futuro. Recebe equipamentos de informática e recondiciona para programas de inclusão digital. Site: http://www.fundacaobancodobrasil.org.br


Comitê para a Democratização da Informática (CDI)


Organização não governamental que recebe doações de computadores e de periféricos usados, mas em condições de uso. Direciona os equipamentos para centros de inclusão digital. Acessórios como caixas de som, teclados e mouses somente são recebidos em bom estado. Site: http://comite.cdi.org.br


Comlurb


A companhia de coleta e limpeza municipal do Rio mantém cestas coletoras espalhadas pela cidade. Na área "Serviços" do site da companhia esta a lista de bairros em que é possível encontrá-las. Site: http://www.rio.rj.gov.br/comlurb/


Dell


O cliente do Brasil e México acessa o site da marca e descreve o equipamento que deverá ser coletado. Um representante autorizado da área de Logística Dell marcará um horário para apanhar o equipamento a ser reciclado. Site: http://www.Dell.com/recycling


Hewlett-Packard (HP)


Os clientes podem solicitar o descarte das baterias pela internet para receber, pelo correio, um envelope pré-pago para a remessa de baterias a serem recicladas, com instruções para seu destino correto e sem custos. Os clientes também podem entregar as baterias diretamente na rede de assistência técnica da HP, espalhada por todo o Brasil. Site: http://www.hp.com.br/baterias


Kodak


Mantém um programa de reciclagem de câmeras de uso único, os modelos de descartáveis. Na área de responsabilidade social do site da companhia estão informações sobre o sistema de coleta de equipamentos - "Segurança, Reciclagem e Descarte de Produto". Site: http://www.kodak.com.br


Motorola


Usuários podem depositar aparelhos celulares, rádios bidirecionais, acessórios (carregadores, fios e fones de ouvido, entre outros) e baterias nas urnas localizadas nos Serviço Autorizado Motorola (SAMs). Em cidades em que não há rede autorizada, usuários podem acessar a internet para participar do MotoColeta (4002-1244 para capitais ou regiões metropolitanas ou 0800-773-1244 para as demais cidades. Site: http://www.motorola.com.br


Museu do Computador


O museu, em São Paulo, aceita doações de equipamentos de computador, bem como telégrafo, telefone, máquina de calcular, máquina de escrever, videogames, impressoras e peças como floopy drive, HDs, placas-mãe, teclados, monitores, mouses e fontes de energia, mesmo sem funcionar. Softwares antigos, disquetes, manuais, revistas de informática, livros e pôsteres vão para a Biblioteca do Museu. Informações (11) 5521-3655 ou http://www.museudocomputador.com.br


Nokia


O programa de reciclagens está há sete anos no Brasil. As caixas de produto trazem explicações sobre o descarte correto da bateria e orientação sobre a rede de coleta dos dispositivos. Entre 60% e 85% dos componentes de um telefone celular Nokia são recicláveis. Site: http://www.nokia.com.br


Sony Ericsson


Tem programa de coleta especial. O consumidor final entrega sua bateria e/ou aparelho completo nas assistências técnicas e/ou postos de coletas. Informações: 4001-0444 (Custo de chamada local) ou 0XX11 4001-0444


Valvolândia


Tradicional loja de São Paulo especializada em válvulas e baterias. Coleta pilhas e baterias usadas e encaminha-as aos fabricantes e importadores. No site há endereços de postos de coleta em São Paulo. Site: http://www.valvolandia.com.br





Reciclagem do Lixo Eletrônico em Londrina

Reciclagem do Lixo Eletrônico